UM GRITO NA NOITE

Luis Garcia/ Agosto 31, 2010/ Contos/ 0 comments

“Às vezes estamos mais sozinhos do que poderíamos suportar”    Um grito na noite. Aquela era talvez a ideia mais tola que lhe ocorrera em cada uma das ocasiões em que a sua responsabilidade, no caso a falta dela, viera dar com ele, por assim dizer, com muito pouco fogo para queimar. Quando fosse amanhã o mais certo é que

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QUANDO OS HERÓIS NÃO VINHAM EM DVD

Luis Garcia/ Junho 18, 2010/ Contos/ 0 comments

Quando o tempo dos heróis lhe lembrava todas aquelas tardes de criança, inventadas ao sabor da velocidade cadente de cada sonho que possuía o poder de marcar o ritmo de uma tarde de infância, permitia-se arrancar um suspiro, fechava os punhos com força e quase, quase se sentia voar. Sempre que o sábado se fazia parte da tarde corria com

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DO AMOR INSTANTÂNEO

Luis Garcia/ Junho 16, 2010/ Contos/ 0 comments

Um instante tem por valor aquilo que pode possuir de valioso exactamente um determinado espaço de tempo, mais ou menos necessário para que mais tarde, nos possamos referir a ele, ao instante, como algo de precioso que guardamos no coração, e aqui já recorremos aos “deja vus”. Este, o instante, pode ser tão curto que, embora nos assalte a dúvida

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O NARIZ E AS AMAZONAS

Luis Garcia/ Junho 16, 2010/ Contos/ 0 comments

Na mesa-de-cabeceira dedos que dobravam pedaços de papel, em tiras mais ou menos similares aos próprios engenheiros da sua miserável situação existencial no agora. Havia em cada tira de papel algo de menosprezável, imbuídas que estavam de uma gritante humidade, que lhes roubara aquela espécie de beleza que se pode achar numa folha de papel, tenha ela efectivamente o papel

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O PÁSSARO QUE NÃO SABIA VOAR

Luis Garcia/ Junho 9, 2010/ Contos/ 0 comments

Uma forma diferente de passar pelo tempo. Julgava que podia enganar os dias e o ritmo que se retira, com maior ou menos facilidade dessa complexidade a qual se conseguir atribuir um nome com quatro letras. É a vida… Porque é dela que se retira a música que embala os nossos passos no enredo que nos permitimos viver, já que

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A CANTORA

Luis Garcia/ Junho 8, 2010/ Contos/ 0 comments

Quando os seus dedos se deixavam descansar sobre o teclado do seu piano, os sons pareciam querer soltar-se, como se fossem pequenas crianças, quase adolescentes que se ofereciam ao agastar da vontade de experimentar as coisas que eram novas. A cantora às vezes perdia-se no movimento e pousava a voz na música, como pássaro que encontra um ramo de árvore

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UM DIA O CATA-VENTO

Luis Garcia/ Junho 7, 2010/ Contos/ 0 comments

Ignorar a corrente era, assim de repente, uma insanidade mais ou menos validada pelo facto de que, claro está, é muito mais fácil ser a favor, do que contrariar uma corrente, seja ela caracterizada pela inércia ou, antes pelo contrário, pelo excesso de movimento. Explicando o facto de uma forma simples de entender, tão teimoso é o sujeito que tenta

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APARÊNCIAS IMPROVÁVEIS ACARRETAM IMPONDERÁVEIS

Luis Garcia/ Maio 29, 2010/ Contos/ 0 comments

Florbela considerava-se dona de um corpo que podia, devia, moldar como quem almeja a chegar perto, muito perto da noção de perfeito que é a nossa e que, curiosamente o não seria noutros tempos, tal como essas mesmas noções o não parecem para nós no nosso tempo. Florbela fingia laivos de desinteresse quando o assunto era aquela parte que vem

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UM QUARTO PARA AS CINCO E OS OUTROS

Luis Garcia/ Maio 27, 2010/ Contos/ 0 comments

O som perturbador da arca frigorífica continuava a encher a sala como se já não bastassem as cinco ou sete mesas, respectivas cadeiras e papeis amarfanhados, mal jogados pelo espaço, sem qualquer harmonia aparente. Desorganização. Um número impar soava-lhe sempre a um sem número de tentativas de criar algo minimamente metódico, passível de repetir, ainda que a tasca fosse outra.

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EU E TU

Luis Garcia/ Maio 25, 2010/ Contos/ 1 comments

A noite fora uma noite como teimavam em ser as noites, lugar de descanso e de sonhos acesos no escuro do manto colocado que é aquele que enfeita o abraço que vem com o avançar dos ponteiros, em direcção à madrugada. A ausência de sons costumeiros assustava os sentidos de quem estivesse disposto a acordar sem lamentos e tentativas de

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