A MÁQUINA DO TEMPO

Luis Garcia/ Dezembro 13, 2010/ Contos/ 0 comments

A pequena pedra que guardara com o carinho de que podem gozar as pequenas lembranças quando a própria idade promete muito mais do que recordações, era a única coisa em que Beatriz conseguia concentrar-se quando os sonhos maus teimavam em visitá-la, já sem hora nem aviso. Durante muito tempo procurar ripostar as trevas que a invadiam. Hoje já só pedia

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O JORNAL

Luis Garcia/ Outubro 10, 2010/ Contos/ 0 comments

“As letras são as mesmas, o sentido é que pode ser outro” Olhou com orgulho para as folhas de papel que agrupara cuidadosamente e agrafara ainda com mais enlevo, para poder segurar agora naquelas pequenas mãos alvas quase como o próprio papel que disposto assim fazia como conjunto o jornal que sonhara criar. Sentiu um sabor de vitória, que ao

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UM PINHEIRINHO CHAMADO CARINHO

Luis Garcia/ Outubro 6, 2010/ Contos/ 0 comments

“Como são estranhos aqueles que fazem a guerra, ou como lhes parecem estranhos aqueles que amam a paz” Carinho era um pinheiro. Para começar nada de muito extraordinário, a não ser que o papel onde a sua história começava por ser escrita fosse mais ou menos criado a partir da sua pouca graça. Mas não, pelo menos neste caso Carinho

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O DEDO NO GATILHO

Luis Garcia/ Outubro 5, 2010/ Contos/ 0 comments

“Egoísmo, ansiedade e outras maleitas a carecer de antidepressivos” Octávio Libertino estava apenas a um passo de concretizar o objectivo que traçara para si próprio, no momento em que descobrira que toda a sua existência não passara de uma encenação. Talvez estivesse a ser demasiado dramático, provavelmente estaria a sê-lo desde o primeiro momento, mas caramba, agora que ultrapassara, ele

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ILUSÕES

Luis Garcia/ Outubro 2, 2010/ Contos/ 0 comments

“Cheira a infância, mas só o saberemos quando for recordação” O som dos passos a subir as escadas fez presente aos seus ouvidos aquilo que o resto do seu ser queria poder ignorar. Como se cinco minutos possuíssem um valor monetário negociável o suficiente para valer a pena regatear o preço, e por sorte granjear o seu peso em pura

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A PRIMEIRA VEZ

Luis Garcia/ Setembro 28, 2010/ Contos/ 0 comments

“Da vontade de experimentar coisas novas e da necessidade de o fazer” Quando finalmente feriu o quente das suas mãos com frio do metal, deu-se ao pequeno luxo de poder sentir um calafrio percorrer-lhe todo o seu corpo, como uma vaga que adivinha um momento de receio por controlar. Largado o pedaço de ferro, foi sentar-se no chão, como se

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PRIMEIRA SESSÃO

Luis Garcia/ Setembro 23, 2010/ Contos/ 0 comments

“Um segundo para além de ‘E tudo o vento levou’” Sempre que voltava ao cinema da cidade, sentia a mesma sensação de descoberta que vislumbrara quando, pelas mãos dos pais, visitara pela primeira vez, aquela que seria a sala onde os sonhos parecem poder ousar aparecer. Adorava imaginar a configuração do primeiro balcão e todos os personagens que sabia possuírem

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A REDE

Luis Garcia/ Setembro 19, 2010/ Contos/ 0 comments

“O amor e o toque, um sentir tecnológico que encerra a paixão” De um segundo para o outro, encontrava a cada momento que pudesse isolar da velocidade constante que caracterizava um a um, os seus dias, e descobria que lhe parecia que tinha tudo acontecido sempre assim. Custava pensar, num tempo em que todas estas ofertas, que tinham como garantidas,

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ESTRANHA BELEZA

Luis Garcia/ Setembro 9, 2010/ Contos/ 0 comments

“Por entre os passos que se julgam, não há mais sentido de justiça que o próprio caminho que se decidiu descobrir” A manhã surgira como num primeiro pequeno ritual. Aquele que atinge o auge da sua beleza quando o próprio sol dá ao dia a imagem que descobre no simples facto de não existir mais uma desculpa que possa inventar,

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A AVENTURA

Luis Garcia/ Setembro 2, 2010/ Contos/ 0 comments

“Nós todos e esta vontade, quase certeza de que seremos ainda nós”   Sabia que se haviam lançado naquele projecto com a vertigem de uma decisão, que se toma com a seriedade de uma expedição científica, que se pode organizar com a facilidade e a vontade que os anos mais novos parecem fazer com a precisão que o tempo vem

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