Muito fácil se torna correr com o tempo
fazer duas coisas diferentes
quando se pode aproveitar um momento
sem repetições ou passagens
que se libertam da nossa memória!
Inventamos demasiadas palavras
para esconder as intenções,
um apanhado de quase nada
arremessado ao vento
como se fosse uma bandeira branca.
As mãos, podem segurar espadas,
noutro dia tentar separar as moléculas
de uma lágrima, equacionar explicações
sem grandes certezas nem resultados.
Os mesmos lábios que te disseram
todo o tamanho que o corpo tomou
pensaram a liberdade que não foi nunca
feita de ausência… Só de traquinices
e filmes de uma série
que não se vê uma segunda vez,
com o sabor que há em recordar!
Rasga-se o embrulho que trago escondido,
não por ser vergonha aquilo que sinto,
mas porque não posso cristalizar
rimas e sorrisos, com a facilidade
com que aprendi a escrever o teu nome.