A sala do tempo enfeitada.
Esquecido pelas paredes
vai o pormenor;
abafado num ritmo crescente,
seco, de quem corre,
ainda, com um sentido!
No aumento produzem-se insónias!
Talvez demore menos
a contagem dos lugares.
Somos tão poucos
quando fugimos do sono.
Turva a mente,
aquela sequela de momentos
em que se percebe
exatamente,
qual a fatia de realidade
que nos calhou.
Bate a porta do frigorifico,
a madrugada
já se soltou.
Adoça os lábios
e conforta o apetite,
acontece uma pequena viagem
no tempo e no chão frio
até me abraçar de novo,
na cama podiam ser equações quânticas.
Desdobrei os dedos,
invencíveis companheiros do medo,
quantas foram as vezes
que me encontrei assim?