Percorremos a sala, sozinhos
inventamos uma série de coincidências
a que chamamos rotina
e depois procuramos penetrar
na arena, de mãos vazias,
em busca da passagem secreta.
Sofregamente, abordamos a porta
de um só fôlego,
uma radiosa espera
desenhada no chão
pode estar, quase
tão perto, como a fúria
da desolação, impura e fragmentada.
Sob qualquer natureza
que não sabemos,
por mutua projeção,
envolvemo-nos e depois,
em lugares comuns,
despidos pelo génio
recordamos infortúnios
de uma só vez.
Aí, então, a dúvida esbate-se
completamente
com uma soberba invulgar.
E existimos.