MEIA DÚZIA DE COISAS PODEM DEPRIMIR UMA PESSOA FELIZ

Luis Garcia/ Março 15, 2012/ Poesia/ 0 comments

Perdeu os lábios
entre a pele e a carne.
Levantou paredes
para contornar uma pergunta.
Não se fazem diálogos
sem sinais de pontuação!

Ouviu o segredo
e desembrulhou o sotaque,
depois engoliu
o sabor a nada
de um trago apenas,
como se soubesse
tudo de cor.

Inventou um futuro
e entrou nele,
daqui a pouco
tocam as doze,
mas podiam ser três.

As mãos foram lá
e voltaram.
Puxaram a porta
com força
e desfilaram vaidades
do tamanho
de uma noz moscada.
Ficou a sensaçao
de doce,
bem fechada,
talvez seja tudo
o que se guardou.

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