CORTEJOS

Luis Garcia/ Fevereiro 22, 2012/ Poesia/ 0 comments

Foram apagadas todas as notas,
as que lembravam anciães
e a moda ditou os erros
de uma só vez.
Nos olhos do guarda, um sorriso,
cínico como a verdade
pode sustentar.

Supostamente inebriados
pelas canções antigas,
os passos certos, em volta
correm a mesma estrada,
não leva à cidade,
mas talvez ela própria quisesse assistir!

Entretanto eles dobraram o caminho,
estava marcado,
passearam faces que não eram as suas,
mas não pagaram
e agora os senhores
fazem contas e inventam propósitos.

Da próxima vez será igual,
eles não se esqueceram
dos dias que foram.
Não sei bem como
mas guardam segredos
e voltarão a desenhar
com os dedos despidos.

A cidade continuará na colina,
as equações a ensinar genialidades.
Os guardas olham sem perceber,
subestimaram orgulhos
na mais simples da sua expressão.
Não percebem que Domingo e Gordo
podem fazer imenso sentido.
E do alto dos seus portões, bem pintados,
ignoram como se podem inventar
as mil vidas que contagiam,
o cortejo que dura uma tarde!

Share this Post

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*
*