NOIVO

Luis Garcia/ Fevereiro 16, 2012/ Poesia/ 0 comments

Os corpos na rua
fazendo o passado.
As mãos dos senhores
encurralaram os cães,
ladravam a espuma
na praça da cidade.
Ele conduziu os sapatos
até aos portões do palácio
e a cerimónia fez-se
com a manhã gemendo promessas!
Olhou por baixo do ombro
estava o tédio plantado nas costas,
chamou cada um dos nomes
e ficou à espera
da noiva.
O fardo aliviado,
a nudez do propósito,
não mais que um segundo
para abandonar a cama vazia.

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