MEMÓRIA DOS DIAS

Luis Garcia/ Outubro 7, 2011/ Poesia/ 0 comments

Ainda não pensaste a tentação
e o som dos dedos entrelaçados.
Há mordomias que sonegam espaços
como uma febril referência
que não se sabe compreender!

Provavelmente irás compor o seu legado,
lançar mãos das sombras que colaram
suores nas paredes,
as mesmas que se abatem,
enquanto arquitecturas do movimento.

Entre todos e os que sabem,
o betão dos ociosos encarecerá
a senilidade da tarde feita memória.

A equação enquadra a nudez,
a mesma soma que sobrou dos gritos
também sabe guardar o mundo.
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