BINÓMIO

Luis Garcia/ Maio 23, 2011/ Poesia/ 0 comments

Os meus olhos agacharam-se
à procura da próxima razão.
Rodaram, sem contar
o número inteiro.
Na mente ficou
a desculpa
para agitar verdades
ridículas e sem sabor.

Depois fiz a conta,
o resultado era
muito errado,
talvez as parcelas
ofuscassem a saliva
do momento, dois ou três.
enganos constroem
palácios e derrubam florestas.

Cuspiste fogo animada
por sorrisos ensaiados
desgarraste a imagem
e depois, sem máculas,
cobriste a distância
com um imenso
mundo de crescente sufoco.

Sei que não sou dono
dos meus receios
tenho razão, mas apenas
em teoria,
um contrário também
pode ser uma solução.
Tiraste-me as mãos
da minha frente,
revelou-se o que eu sabia.
Um binómio ridículo
na primeira pessoa.

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