Uma voz meiga
e doce, invulgar;
Quase inocente, julgada
o bastante
para despertar
arrependimentos
e retratos
mal tirados!
Olhamos e ignoramos,
a mesma
vontade de conhecer…
Abandonamo-nos
de receios.
O problema
dos nossos olhos
é deixarem ver
o que escutamos,
tão facilmente
como os fechamos
quando queremos
não lembrar das fronteiras
e dos dias
das nossas escolhas.
Um instante
de porquês
e um livro
quase imóvel
como a serra
e descobrir,
como é diferente
ver a mentira
do nosso lado.