FAZ DE CONTA

Luis Garcia/ Junho 20, 2010/ Poesia/ 0 comments

Mais nada do que palavras ocas,
um percurso que se pretende seguro
mas que esconde algumas portagens.

É como se me mandassem correr
em frente,
e depois inventassem
uma meta
no sentido contrário.

Faz de conta
que te preocupas
mas, sei bem
aquilo que procuras.
Não tens jeito para actuar
mas toda a gente
te irá aplaudir.

Ainda que o sentido
se perca de uma forma frágil,
nas nossas mãos
continuará o poder
de acordarmos vontades.

E um engano pode ser
apenas isso;
Ou então outro nome
para fazer de conta
que inventámos os aplausos
e a canção…
para merecer o pano
e a sombra que ficar
depois de tudo.

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