Uma mesma noite,
Outra qualquer
e a morada dos sonhos
e dos apetites
da loucura.
Houve aquelas que se ocultam
em travesseiros
alheios ao REM
e a outros movimentos nocturnos.
Outra noite
queimada no peito
e vão projectos de palavras
na mente oca
das sanidades
e encontrar pensamentos
por preencher
e outras razões.
Outra quase Noite,
uma estranha forma
de solidão
madrugada triste
e ao mesmo tempo
sem esperas
de o deixar de ser.
Soluções que se buscam
em livros de filosofia,
como se fossem
prescrição médica
com o valor
que pode ter
uma folha de papel em branco.
O tom pálido
Que é daquilo
que pode vir a ser
Perde-se
na longa que é a noite.
A inércia
do sentir de qualquer coisa
que não seja
mera iguaria mundana.
Fingir
o sossego
e encontrar silêncios.
Mascarar a voz
na acalmia da noite
não nos ensina nada.
Talvez
ignore a proibição
que pode existir
em contar ovelhas
pelos dedos
e sumir em frente
como se fosse
o pastor dos loucos.
Olá, mais um poema que só o Luís poderia escrever, gostei muito, continue pois eles nos dão esperanças nesta vida tão complicada.