Subir os degraus da sobranceria
ao som de cordas que me prendem bem fundo.
Um dia em grande para me divertir
e o porquê dos cadeados me libertarem
sempre que preciso de um porto de abrigo.
Não faço ideia, só mais um dia.
Nada me prende aqui, talvez não haja
mais nada a dizer. Quando quero mentir
invento uma história que não me cale.
e um sol que me aqueça as mãos.
Só para desenhar enganos
em papel de parede, e o porquê
de cobrir um muro de palavras
que não sinto, só porque não há
mesmo mais nada para dizer.
Uma solidão tão grande como um palácio,
e encolher o corpo, entre dois segundos.
Partir tão certo como ficar
só porque cá dentro, podia continuar
a viver na concha da ignorância.