O PUZZLE

Luis Garcia/ Abril 3, 2014/ Poesia/ 0 comments

A queda das mãos entre as chamas,
desvanece-se a imagem de um olhar
e saber amar torna-se desinteressante.
A vida troca de lugar
com uma roleta russa, falsa
como as intenções de mudar o mundo.
As pontes salvam duas margens
de uma solidão intensa,
mas também podem marcar
o tempo, como se os segundos
pingassem, melodias irritantes
demonstram a verdade dos factos,
no fundo, a equação não tem solução.
Tudo se encaixa, porque jamais
esteve separado, o ser
torna-se o objeto, nós
voltamos a contar as peças
e uma ideia louca de pertença.
Tanto faz ser a mão que agarra
como a quer agarrar.
A cobardia vestida de ombro
e a cabeça a descair, a busca termina,
e tudo parece fazer sentido.

Share this Post

Leave a Comment

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

*
*