Ouviu o toque da pele,
da outra sensação,
escondida em mãos ausentes.
O rapaz foi procurar,
mas depois perdeu-se o sentido…
Voltou diferente
e leu as suas mensagens
sem quebrar qualquer silêncio.
Pensou que por vezes podemos sorrir
levantar um murmúrio,
como quem esconde o olhar.
Tirar as horas de cima dos ombros
entre dedos finos e uma partida do tempo.
Embalar o presente em momentos pensados
num pretérito perfeito.
O rapaz correu sem olhar,
abriu os braços, confusos,
como duas páginas escritas a quente,
encontrou uma série de palavras
e disse olá da forma mais estranha
que conhecia! Sem remorsos.
E fingiu uma pessoa diferente.
Algo de familiar na sua face,
uma ideia perdida, recorda
outra pele tocada
e fermenta uma vontade incógnita.
Pensou que não se pode
compreender o outro
da forma mais simples
que se sabe dizer.
Contar como seria
é um segredo rebuscado,
parece sempre mais fácil.
Levantou a mão e agarrou a frase toda,
um dia inteiro é demasiado
para somar segredos.
à flor da pele !!! (y)