Sou um, mais um a morar para cá dos muros,
ofeceram-me uma chave
e eu fiz de conta que sabia entrar.
As correntes tocaram as horas
e ao entardecer havia vozes lá fora.
Agora fez-se madrugada e prenderam-me aqui.
Disseram-me que eles voltam,
não desejei as avenidas vazias,
enfrentei-te inúmeras vezes,
leva-me destas mãos que apertam assim.
Sonho repetido, o salto em frente
como uma musa, a mesa romana foi posta,
mas o tempo passou
e os canibais estavam felizes.
A areia percebeu por onde escapar,
abraçou as mãos com violência.
A musica ainda tocava
quando os lábios procuravam os lábios,
ninguém sabia!