Submeti-me ao som da madrugada,
dispus do palco escondido,
diante do reboliço das sombras
nada se compromete.
Ela estava nua!
Aguardava, despojada do silêncio
que abraçara no inicio da noite.
Às vezes sonhava com palácios
e princesas,
agora bebia de uma poça
onde estagnara também o olhar.
Corri pela estrada mais curta.
O imenso nada
a beijar de promessas,
como indicações que se perdem
pelo caminho.
O olhar a levantar-se
como ritual em sinal de vitoria.
No cacimbo do trono,
as mãos olharam,
como sons arrancados,
no limiar de tudo e do veio a seguir.
O imenso nada
a beijar de promessas,
como indicações que se perdem
pelo caminho.
MUITO BOM.