Um momento sujeito ao crivo
de agendas e de lembranças,
elas próprias
sujeitas ao sabor
de falas e quase gestos,
quase um bailado que se permite,
pela cópia que há dos outros.
Esquecer as horas
e os abraços,
os mesmos que se sentiu
do tempo e das clareiras
que ficaram em nós…
Quase como uma obrigação
que se não pode olvidar,
simplesmente porque
não nos deixam…
Um sorriso, sem sentido
nem direcções opostas,
nem atracções
em antagónicos pólos que se desconhecem
ou fazem por tal
ou nem por isso.
Um quase ser que se descobre
uma forma de sentir
que não se sabe relatar.
Mais, as sensações que se esconderam
entre o apenas e o apesar
como um presente que se guarda
sem antes o ter despido das fitas
e papel de fantasia.
E ainda assim aguentar
a mossa da curiosidade.
Como um sonho que se vive
todos os dias, sem nenhum dia
que se assinale a bem de ver.
Como se valentins fosse uma palavra
dentro do possível
E também assim todos os dias.