IDADES

Luis Garcia/ Julho 29, 2010/ Poesia/ 0 comments

Éramos tantos!
Com o nosso peito cheio
de arrogância
e nada.
Parecíamos
conseguir multiplicar
insensatez com as certezas,
como num truque de magia
dos desenhos animados.

Sabíamos de cor
os caminhos
a subir,
como se nunca
tivéssemos precisado
de uma mão
e das palavras…
E daquela tarde
No escorrega!

Quatro operações
e o mesmo
resultado.
Dividendos
a render
como se fossemos Príncipes
do nosso destino
e do recreio.

Piratas da tarde
como pequenos
capitães.
Arrancados
vão
gritos de revolta
e de saudade,
que se não distinguem
de um arranhão…
 
A tarde a arrastar-se,
como
um brinquedo
preso na ponta
de um cordel.
E as mãos
ainda tão sozinhas
de encontrar os olhos

Uma manhã nova,
prometida
vezes sem conta.
E os dias
sentidos com o saber
que há nos lábios
de uma virgem!
As tardes a correrem
como o mel…
e o tempos
a dar-se-nos
como se fosse um vicio,
como se fosse um castigo!

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