Nada do que possas arrepender-te,
adivinha qualquer rasgo do meu sentir…
O rosto que julguei saber como teu
é mais longe do que queria dizer…
Brincam espaços entre os olhos, e então?
Julgo que ainda não a percebemos,
a parte que faz o sentido,
ignora a própria palavra,
e troca verbos por coisa nenhuma.
Despojada por segundos incoerentes,
muito mais do que o tempo
para aprender o texto,
há o descobrir de tantas vontades,
o chamar de cada som
que tens a certeza
ninguém poderá dizer que aconteceu.
E o segurar da tua mão,
poderá ser o tempo da existência
ritmos do teu sentido
que há no soletrar da tua voz.