AS PONTES

Luis Garcia/ Maio 12, 2011/ Poesia/ 0 comments

Quando era dantes, eu tinha
um pequeno sonho.
Costumava desfazer-me
dos dias
como se fossem palavras
que se atiram
aos outros,
quando se vende a sorte
em pedaços de papel.

Tu dizes que eu devia lembrar-me,
talvez te pedisse um palpite sem cor
e fingíssemos um mundo
num esgar de solicitude.

A mim parece-me
que andámos a fugir da chuva,
rasgando à força das nossas mentiras.
Ninguém aguenta um Inverno
sem ser de livre vontade!

Agora bebem todos da mesma promessa,
mas eu estou aqui à tua espera,
liberta-te na ultima estação,
vamos atravessar
antes que fechem as pontes.

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