NU DE SI
Um cheiro a sempre
e um desejo
por desconhecer
do paladar que possui,
tudo aquilo
que só se provou
com a mente
e os sonhos
das noites mais longas.
As mesmas em que se engana
o cansaço
com a destreza
de invenções
para acordar o sono
que precisamos.
Uma réstia de adeus,
partilhado
por mãos ambíguas,
envergonhadas
de uma nudez
que não foi pensada
E mais a culpa
dos segundos
que se aguentam depois!
Os nomes,
chamados
como impossíveis
destinos
e as palavras;
uma bandeira e a promessa
como se fosse
a cor do açúcar
a mentira
que há no instante.
O espaço e o sorriso
e mais os dedos das nossas mãos,
vazias da sua razão.
Um corpo encontrado
nu
e abandonado.
Um princípio que se entende
em palavras
e no imenso que há por caber
nos nossos braços
e na saudade.
Um movimento
que se não pode definir,
nem dizer
de onde veio.
A mesma razão
para deixar de inventar
e fazer o papel
do cinema mudo
e do amor
como era então,
mais dos desejos
presos às páginas
onde se deixaram
perder para ficar.
Um aperto
e a distância que se ganhou!
Um querer e o receio
e mais a sensação
do afogar,
até não ser possível
medir cientificamente
quanto é suor
e quanto não.
Um lenço
como uma salvação.
Olhos limpos
e uma janela
que vale menos
que o agora
e as mãos
desajeitadas
a segurar as nossas
certezas.
Sentimo-nos assim quando queremos muito algo e que por algum motivo não o podemos ter !
Momentos de “solidão” (quando estamos sozinhos com os nossos pensamentos) em que podemos dar asas a nossa imaginação sao aqueles que preenchemos com o que chamamos de “sonhar acordado”. (“Tudo aquilo que só se provou com a mente e os sonhos”)…
Sao nesses momentos em que aplicamos a teoria do “nu de si” quando podemos realmente ser nos mesmos, pensar no que queremos e talvez vivermos algo que tanto desejamos mas que por algum motivo não podemos.
Acho q é natural sentirmo-nos assim visto que nem sempre podemos ter o que queremos. A nossa imaginação é bastante fértil porque não tirarmos partido?
Para não ser bastante repetitiva fico apenas pelo “Gostei Bastante”. Identifiquei-me.